Educação Executiva Global: Tecnologia e inovação são caminhos para minimizar impacto da falta de mão de obra em Mato Grosso
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imersão no ecossistema de inovação do MIT
Investir em tecnologia e inovação é uma das principais estratégias para driblar a escassez de mão de obra qualificada e garantir o avanço sustentável das indústrias em Mato Grosso. O estado, que vive uma situação de ‘pleno emprego’ — com taxa de desocupação de apenas 3,5%, a terceira menor do país — enfrenta o desafio de ampliar o acesso à educação e à qualificação em todas as etapas da cadeia produtiva, envolvendo tanto líderes quanto trabalhadores.
Esse cenário e suas possíveis soluções foram amplamente debatidos durante a 3ª edição do Programa IEL de Educação Executiva Global, que levou 30 líderes empresariais brasileiros a Boston (EUA) para uma imersão no ecossistema de inovação do Massachusetts Institute of Technology (MIT). A iniciativa é idealizada Instituto Euvaldo Lodi (IEL), sendo coordenada pela regional de Mato Grosso.
Segundo Fernanda Campos, superintendente do IEL MT, os industriais mato-grossenses não têm resistência à adoção de novas tecnologias — o que falta, muitas vezes, é sensibilização e acesso à capacitação adequada. “Aderir à tecnologia é essencial, e os empresários estão abertos a isso. A questão é como preparar as pessoas para esses novos modelos de trabalho. Adotar medidas tecnológicas é um dos remédios para minimizar os impactos da escassez de mão de obra e aumentar a competitividade e a produtividade das nossas indústrias”, destaca.
O assunto foi pauta de uma entrevista concedida para a Rádio CBN, disponível nesse link.
Resultados práticos e novas perspectivas
Os participantes da terceira edição do programa retornaram com uma visão mais ampla sobre como aplicar a transformação digital e a automação de processos como formas de aumentar a competividade das indústrias. Soluções como inteligência artificial, capacitação remota, robotização de linhas produtivas e gestão baseada em dados foram discutidas como formas viáveis de manter a produtividade diante do cenário atual.
"Não se trata apenas de substituir pessoas por máquinas, mas de usar a tecnologia para qualificar melhor os colaboradores existentes e ampliar a competitividade das empresas", explica um dos empresários participantes do programa”, pontuou a economista Edjeide Fernandes. Segundo ela, que também participou do Programa, vivemos um momento de mudança e adaptações para as novas profissões do futuro.
Cenário preocupante exige ação imediata
Dados recentes apontam que a falta de mão de obra qualificada atinge setores estratégicos como logística, indústria e serviços. A dificuldade em preencher vagas técnicas e de gestão tem limitado o crescimento de empresas, que muitas vezes precisam importar profissionais de outros estados, encarecendo suas operações.
Nesse contexto, o Programa IEL de Educação Executiva Global surge como uma resposta estratégica. Além de desenvolver competências em liderança, o programa conecta empresários mato-grossenses com práticas globais de sucesso, oferecendo ferramentas concretas para enfrentar a realidade local com soluções sustentáveis e inovadoras.
"A tecnologia não elimina empregos, ela os transforma. Cabe a nós preparar o capital humano para ocupar essas novas funções. Precisamos ainda investir em educação. Os Sistemas S devem ofertar atualmente cerca de 20 mil vagas gratuitas de capacitação", conclui a superintendente do IEL MT acrescentado que muitas dessas oportunidades são oferecidas pelo Senai MT.
Texto: Vívian Lessa